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Em meio às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil, há temores envolvendo a desativação de tecnologias no país, como o GPS, criado pelos norte-americanos. Mas, afinal, quem “manda” no GPS? E só os EUA detêm essa tecnologia?
Como funciona o GPS e quem controla?
Trata-se de um sistema criado pelos Estados Unidos e mantido pelo Departamento de Defesa dos EUA. O sistema conta com mais de 30 satélites que orbitam a Terra. Esses satélites são capazes de emitir ondas de rádio e contam com relógios atômicos de altíssima precisão.
Tecnologia funciona por meio de uma troca de informações entre os receptores GPS do seu smartphone e os satélites. Para definir a localização do receptor, ele recebe os sinais dos satélites, que contêm a sua identificação acompanhada de uma informação de tempo. Por meio do sinal de três satélites, um algoritmo presente no receptor calcula a posição na qual você se encontra, com duas variáveis (latitude e longitude). Já o sinal de um quarto satélite também permite saber a altitude na qual o receptor se encontra.
A partir daí, cabe aos algoritmos dos aplicativos de mapas cruzar as informações obtidas por meio do receptor de GPS. Depois, a base de dados de mapas determina, por exemplo, em qual quarteirão de uma rua estamos. Ou, no caso de apps como o Waze, qual é a melhor rota para chegar a determinado local.
Mas só os EUA têm?
Tecnologia não é exclusiva dos Estados Unidos. Existem também o Galileo, da União Europeia, o Beidou, da China e o Glonass, da Rússia, todos com alcance global e, inclusive, com vantagens ou desvantagens em relação à tecnologia americana, a mais antiga de todas.
Não faz sentido desligar o GPS na região do Brasil, de acordo com especialistas. “Isso prejudicaria os EUA, pois o sistema só faz sentido tendo uma cobertura mundial”, explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco e especialista na área de telecomunicações.
Para fazer isso, os EUA teriam de fazer uma programação em que os satélites desligassem quando passassem pela América do Sul. Isso não seria feito de uma hora para outra.
Além disso, um ato do tipo prejudicaria todos os países da região, além de aviões e navios que se guiam pelo sistema, explica Tude. Também seria prejudicial a centenas de empresas dos EUA que atuam no país, na opinião de Diogo Cortiz, professor da PUC-SP e colunista de Tilt.
Outra consequência no médio e longo prazo seria o fortalecimento de outras tecnologias. Inicialmente, um bloqueio do GPS no Brasil poderia trazer algum tipo de perturbação momentânea, na opinião de Cortiz, mas a consequência mais concreta é a disseminação das tecnologias europeia, russa e chinesa no Brasil.
fonte:tiltUOL