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EMISSÃO DE VISTOS PARA BRASILEIROS CAI 25% DURANTE GOVERNO TRUMP

O endurecimento das políticas migratórias já afeta a rotina dos consulados americanos no Brasil. Entre janeiro e maio, a emissão de vistos de turismo e negócios para brasileiros caiu 25% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da consultoria AG Immigration, com base em dados do Departamento de Estado, obtido com exclusividade pelo GLOBO.

O cenário tende a se agravar nos próximos meses, quando novas tarifas elevarão o custo de emissão para mais de R$ 2,3 mil — encarecendo o processo no momento em que o país registra o menor volume de visitas desde a pandemia.

Ao todo, 356 mil vistos de turismo e negócios (B1/B2) foram emitidos para brasileiros nos cinco primeiros meses de governo Trump, um declínio expressivo em comparação com os 480 mil registrados no mesmo período em 2024. No entanto, não se sabe se o resultado é fruto de uma queda na procura ou de um aumento nos pedidos negados, uma vez que os dados de rejeições deste ano ainda não foram divulgados pelo Departamento de Estado. No ano passado, a taxa de recusa foi de 15%. Hoje, cerca de 90% de todos os vistos americanos solicitados no Brasil são da categoria B.

Corrida contra o tempo

Desde o mês passado, Rodrigo Costa, advogado especialista em migração nos EUA e fundador da AG Immigration, observou uma mudança no interesse pelo visto diante do anúncio de novas taxas e da crescente instabilidade entre Brasília e Washington:

— A gente percebe agora que as pessoas estão correndo por causa do aumento da tarifa e também pelo receio em relação a toda essa crise institucional que está acontecendo — afirma, em referência ao impasse envolvendo o tarifaço de Trump contra as importações brasileiras, em represália à conduta do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. — Muitas pessoas estão correndo para tirar o visto para que não sejam impactadas de alguma maneira.

As restrições à entrada de turistas nos EUA têm preocupado o setor de turismo do país, que, durante o governo Trump, sediará a Copa do Mundo no ano que vem e, em 2028, os Jogos Olímpicos de Los Angeles. De acordo com um estudo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), os Estados Unidos se projetam para ser o único dos 184 países analisados a registrar queda nas receitas de turistas estrangeiros em 2025, mesmo com o fluxo de viajantes para o Mundial de Clubes da Fifa. Segundo a pesquisa, a economia americana deve perder ao menos US$ 12,5 bilhões (R$ 67,4 bilhões) em gastos de visitantes internacionais.

Fonte:UOL

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